sábado, 2 de maio de 2009

Perdoe as minhas maneiras rudes de india. Mas não estudei elaboradamente como não comer com talheres.


Oca

"Oca é o nome dado à habitação indígena brasileira. O termo é oriundo da família linguística tupi-guarani.As ocas são construções de grandes dimensões, podendo a chegar a 30 m de comprimento. São construídas em mutirão ao longo de cerca de uma semana, com uma estrutura de madeira e taquaras e cobertura de palha ou folhas de palmeira. Chegam a durar 15 anos. Não possuem divisões internas ou janelas, apenas uma ou poucas portas, e servem de habitação coletiva para várias famílias."(in http://pt.wikipedia.org/wiki/Oca)Simbolicamente o planeta Terra poderia ser considerado a nossa Oca comum, embora com divisões internas e múltiplas janelas.Estando em voga a recorrente evocação aos Objectivos de Desenvolvimento para o Milénio do Project Millenium da ONU, sobretudo em relação aos países em vias de desenvolvimento, ex-Terceiro Mundistas, mas também implicando um sério envolvimento dos países mais industrializados, tecnicamente mais evoluídos e líderes da economia e finança mundial (G8). É com interesse que vejo a Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Portuguesa patrocinar um evento da dimensão do que ocorreu no Centro de Congressos de Lisboa, Parque das Indústrias, mostrando ao público as acções que desenvolve no mundo lusófono e procurando incentivar o investimento português nos PALOP nas diferentes áreas de actividade económica.É uma forma de, pela positiva, mostrar o que um país pequeno, de recursos económicos escassos, pode fazer em termos de boa governação em prol da solidariedade e desenvolvimento mundiais. Mesmo quando à crise económico-financeira nacional se ade a internacional, potenciando aquela e exacerbando as dificuldades internas.
( Texto gentilmente cedido pelo professor Désiré turpin. )

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Velho Engenho Novo .


Escrevi o livro Flor do Quilombo depois de regressar de um verão passado em dez anos numa comunidade quilombola que reside em um sitio no Brasil centro oeste. Inspira-se na saga histórica de um povo livre da escravidão rumo a verdadeira libertação.
Quando agora leio esse livro não deixo de me emocionar , sinto -me de novo no meio daquele povo cheio de alegria dançando o engenho novo, ou fazendo a farinha num tacho, manualmente. Viviam e muitos ainda vivem na comunidade desde sempre, mas os que figuram neste livro viajaram na minha imaginação e foram se tornando cada vez mais reais para mim , porque muitos foram inventados e misturados com que eram ou foram reais, no calor daquele verão duradouro. ( por quê nessa região quase não faz frio )
O livro contém muitos personagens que eu conheci e um enredo extremamente elaborado. Muitos já morreram.
E quando escrevo isso, penso que a situação central é muito perplexo e possui possibilidades trágicas.
E Luanda, o Professor e o Tio Joaquim são três personagens que parecem-me por demais vivos.
Se não fosse pelo fato que os dois já morreram também na vida real. A menina que eu me inspirei para escrever a personalidade da protagonista Luanda , do enredo ainda vive. Hoje ela tem 12 anos. Na história ela começou com sete anos e a escritora foi envelhecendo a personagem no calhar dos acontecimentos. Fato curioso é que hoje ela é basicamente idêntica a personagem inspirada.
O meu amigo me fala que interliguei ficção com realidade e gostou tanto do livro e gostaria que eu adaptasse as cenas para um documentário. Que um dia ainda hei de fazer…
Pessoalmente eu já teria feito isso se não tivesse me aventurado pela Europa e me apaixonado pelo país Portugal e pela sua diversidade cultural . Também se não tivesse escolhido esse país para morar ,definitivamente, até que eu resolva de novo não me limitar a espaços geográficos…
Porém, tenho muitos escrevidos das minhas viagens pelo estrangeiro e, se vou publicar um dia, ainda não me decidi.
Escrever é importante demais para mim. Não vou transformar isso no meu ganha pão.
Particularmente acho que a literatura são livros de evasão. ( E porque não ?. ) O leitor pode fugir para um mundo gelado, ou para um mundo onde a luz do sol quente sobre as águas é tão…adorável. Assim como para um mundo real onde os finais felizes nem sempre existem, sem tirar o rabo do sofá…….

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Carta ao diabo.




Nada aconteceu da forma como deveria a ter acontecido às pessoas que se gostam... Ainda não consegui visualizar uma versão otimista da questão, nem fazendo o jogo do contente...( que poderia ter sido bem pior ). Entretanto é a última vez que me refiro a esse incidente, faço isso agora no intuíto de colocar uma montanha em cima desse assunto é por isso essa carta , já que não conversamos como pessoas normais e civilizadas. Não discutimos porque conheço a sua forma de se expressar, usa palavras com descuido, opinando sobre tudo e sendo demasiado mordaz na crítica, acabando por se tornar cínico. Não estava pra isso. Conheço de cor a sua característica fria, inflexível habitual. Acho mais fácil escrever , não falar e não ouvir mentiras, ou comentário profundamente idiota que estaria muito longe de ser adequado a situação. Ex : " O que você tem com isso ?" Nadinha se eu não estivesse com você no momento da anedota. Uma pergunta previsivelmente estúpida, patéticamente estúpida e ingenuamente estúpida considerando a nossa idade. A sua principalmente... Nunca fui pessoa de deixar assuntos pendentes pra trás e fugir não vai resolver nada. Preciso me sentir desvinculada de histórias de amor com essências duvidosas, para me livrar de vez da sensação , de que as pessoas que querem fazer desse mundo pior " Não tiram sequer um dia de folga ". Você se portou mal em relação a mim, considerando que estávamos juntos. Presumivelmente, á idéia de fazer amor com uma otária deve ser uma espécie de fetiche, mas eu também gostava e já sou crescidinha, não estou interessada em ficar remoendo isso. Quero que isso fique claro. Jamais vou chorar e dizer que foi tudo um sonho... Não gosto de surpresas. Mas se houvesse outra cena parecida, eu juro que faria ar de surpreendida.Não vou fazer mais a retrospectiva sobre a cena triste, ainda mais sabendo que foi mesmo risível o nosso relacionamento. Até então eu quero que vc saiba que eu não tinha essa visão. Até ser comunicada oficialmente com, históricos e fatos que não existia mesmo nada. Estando a par de tudo claramente e fundamentalmente, venho através dessa tb , a concordar com vc em grau, número e gênero que a nossa relação era mesmo risível... Porém, não mantive o meu sentimento de fúria por muito tempo, já que não há mais nada para ser consertado. Tornou_se irreversível. Seria ineficáz tentar remendar cacos quebrados. Nunca teria paciência para esses esquemas. Vou guardar a minha paciência para quando eu for para a prisão, para um convento ou para uma ilha deserta. Dado ao acesso infelizmente previlegiado, aos último ac, eu sugiro que continue jogando o seu magnetismo masculino às suas namoradas cujo número deve ultrapassar a mais de dois dígitos. Não acho que mereça a minha atenção. Relações sem teores de confiancibilidade é para entreter a grande massa de ilusicionistas. Sou como você nesse aspecto, gosto que as minhas coisas privadas se mantenham privadas, a diferença é que se viessem a tona eu assumiria quaisquer que fossem as consequências. Não se faz omeletes sem quebrar ovos. Não estou aqui para colocar ninguém na berlinda. Já sai do estado de perplexidade cega e sem solução. O que eu senti por você foi verdadeiro, nunca poderá ser julgado, falado ou expressado em palavras. O ter e o não ter. O puro e impuro. Não tem uma denominação específica. Vou sentir a sua falta, mas sei que você também vai sentir a minha apesar de ter por aí outros entretenimentos. Eu mudei um pouco, agora estou dizendo : " iá " no lugar de sim... Escrevo te para associar primariamente o que aconteceu, com a falta de discernimento que se transformou a nossa relação risível. Isso enfraqueceu nossos laços, que um dia eu cheguei a acreditar que tinha alicerces firmes, baseado em carinho e consideração. Já nem falo em amor...isso já era. Bem.....o encanto foi quebrado. Honestamente eu não consigo mais senti-lo ou libertá_lo . Não compete mais a mim. Particularizo_o que já aconteceu o declìnio. Eu não vou guardar memórias sentimentais porque isso soa falso, clássico e antiquado. Não guardo mágoas de você. Não carrego cicatrizes. E finalmente me olho no espelho. Gosto do reflexo que vejo. Enfim, alguém que gosta de mim de verdade...

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Sou uma Xamã ? Talvez.....


O xamã é um ser sem regras, não sabe o que vai encontrar em seu caminho. Cada dia, cada momento vive para descobrir o maravilhoso e o horripilante. De uma ou de outra forma sabe que ambas são faces de sua própria visão. Não se apega porque sabe que tudo muda, que tudo é impermanente e se deleita com o desconhecido. O tédio não é parte de sua vida... Seu corpo é frágil porque lida com forças terríveis e magnificentes. Observa o universo como seu Pai e a Terra como sua Mãe... Vive em completo desapego, até o ponto de ser odiado... Odiado por não dar importância ao que os demais dão importância. O xamã sabe e só sorri, só olha, só observa. O xamã é produto do amadurecimento de um coração. Do amadurecimento do espírito. Somente um coração maduro entra no caminho do xamã e, uma vez que se entra, se dá conta de que o mesmo caminho, cedo ou tarde, fará com que seu coração desapareça na imensidão do coração desse maravilhoso universo.

Nota:

Ninguém escreveu isso

Conte-me uma fábula.


A lua é tão solitária.
Sabe por quê ?
Porque tem um namorado.
O seu nome era Kuekuatsheu e viveram juntos como espíritos no mundo.
E todas as noites ela e o seu amado caminhavam juntos no céu.
Mas um dos espíritos era ciumento . Kuekuatsheu queria a lua só pra ele.
Então a lua começou a fazer charme. Ela pediu flores, disse _ lhe para entrar no nosso mundo e colher algumas rosas.
Ele disse que não! Kuekuatsheu não podia jamais deixar o seu mundo espiritual.
Mas a lua era caprichosa. E o poder da persuasão deve mesmo ser um dom.
Então Kuekuatsheu veio, sabendo que não ia mais voltar.
Agora todas as noites ele olha para o céu e vê a lua clara e linda.
Ele grita seu nome . Mas nunca mais poderá tocá_la….


( Koo_Koo………………………escolheu se ferrar! )

terça-feira, 7 de abril de 2009

terça-feira, 17 de março de 2009

FLOR DO QUILOMBO

Essa é a capa do livro que escrevi. Nele relatei a história do meu povo. As ilustrações foram produzidas pelas crianças da Escola Zumbie dos Palmares em Furnas do Dionísio, Mato Grosso do Sul.
Foi uma experiência que deixou em mim o "bichinho" da escrita... a intensidade das crises ora decresce ora recrudesce, mas sempre presente.
Aqui tento acalmar as ânsias que ligam o cérebro à pena.